Internautas montam comunidade "Discografias - O Retorno!" no Orkut

da Folha Online

Poucas horas após o anúncio do fim da comunidade "Discografias", utilizada por mais de 1 milhão de pessoas para download de músicas no Orkut, internautas já tentam erguer uma outra semelhante: "Discografias - O Retorno!" conta com quase 5.000 usuários inscritos na manhã desta terça-feira.
A nova comunidade está linkada a outras do gênero, como "Livros para download" (76 mil usuários) e "Filmes e Séries - Download" (91 mil usuários). Dezenas de álbuns --de Djavan a Ramones-- estão disponíveis para download.
Reprodução
Nova comunidade "Discografias" está linkada a outras do gênero, como "Livros para download" e "Filmes e Séries - Download"
"Vamos tentar reconstruir a 'Discografias' de novo, já que a outra foi deletada. Conto com a ajuda de todos", informa o responsável pelo fórum (um usuário com perfil "fake", anônimo), na descrição da comunidade.
Após meses de queda de braço com representantes das gravadoras, a comunidade "Discografias" anunciou, no domingo à noite, seu fim. Os responsáveis pela plataforma disseram estar sofrendo pressão da APCM (Associação Antipirataria Cinema e Música), que comemorou o fim do fórum.
Criado em novembro de 2005, o endereço abrigava mais de 900 mil usuários cadastrados --o número de pessoas que a utilizava efetivamente ultrapassava 1 milhão, já que para acessar seu fórum não era preciso se inscrever. Ali, internautas compartilhavam links com álbuns musicais inteiros sem pagar nada. A organização e o volume de material fez com que o endereço se tornasse uma das principais plataformas na web brasileira para quem procura esse tipo de conteúdo.
No ano passado, a APCM declarou guerra à comunidade, tida como sua principal inimiga na rede. "Em se tratando de música, ninguém tem mais arquivos que violam direitos autorais do que a 'Discografias'", disse à Folha Online Edner Bastos, coordenador antipirataria da associação que defende a propriedade intelectual.
A declaração acirrou os ânimos, fazendo circular um abaixo-assinado (que conta com 26 mil nomes) contra a exclusão do endereço. À época, a associação conseguia, com auxílio do Google, excluir alguns pedaços da comunidade, mas admitia ter problemas com o tamanho e a complexidade do fórum.
Os moderadores também chegaram a se defender, em entrevista por e-mail realizada em outubro último. "Muitas bandas, hoje, tanto no Brasil quanto no exterior, assumem que não fariam sucesso se não fosse a internet. Até o Presidente da República deu uma declaração favorável sobre 'baixar músicas da internet'. Ilegal e pirataria, na nossa opinião, é a venda de CDs piratas", disseram, sem sair do anonimato.

2 comentários:

Mi Matsuo disse...

Pirataria é crime?
Desculpe, é que os litros e litros de bebidas levadas de Foz a Brasília, na última visita do presidenciável são totalmente originais. (Do lado de lá da ponte da Amizade, claro).

Adiós, amigos! hahahaa.

Simprão disse...

internet é coisa do capeta...