A minha mãe

A minha mãe não me deixa dirigir. Quando eu tirei carteira, por uma série de acontecimentos, que todo mundo que acessa esse blog já conhece por conta da minha ladainha, ela decidiu que eu não ia dirigir o carro que ela comprou também pra mim. Aí eu trabalhava até meia-noite e ela preferia pagar taxi todo dia a ir me buscar com seu Scénic que só sai da garagem pra ir ao Mercadorama.


A minha mãe não gosta de coisas moderninhas, tipo sexo antes do casamento. Ela compra pílula pra mim, mas prefere não saber onde eu estava, quando voltei tarde. " O jantar foi até mais tarde".


Pra mim mãe, o que a TV diz é o que está certo. Se alguém matar o Lula no Jornal Nacional, não tem ministro que o ressuscite.


A minha mãe só sai de casa pra ir pra outra casa em Santa Catarina ou ao Mercadorama (o afazer mais importante da semana: sempre depos do Vale a Pena Ver de Novo e antes de Malhação).


Por falar em Santa Catarina, a casa que ela tem lá. A TV anda dizendo que tá chovendo pra cacete por lá. Em alguns lugares, a inundação chega a 1,8 m.


- Ai meu Deus, tem que parar de chover por lá, se não, vai acontecer uma catástrofe!

- É verdade, né mãe? Pessoas podem morrer com enchente, além das perdas...

- Isso também, mas eu tô preocupada com o nosso apartamento lá.

- Você tem razão. Vai que a enchente chega lá no quinto andar, Deus nos acuda!!

- Ai, Juliana, largue mão de ser boba! Periga do prédio cair!
Teoria de hoje: Minha mãe já acertou outras improváveis e as coisas que eu tiro sarro tendem, naturalmente, a se virar contra mim. AI DIOS MIO!!

Blame on the black out!



Em meio a protestos da população, faixas cobrando providências, mensagens de uma gente cansada de pedir o que tem uma quase consciência de que nunca vai ter, as autoridades.

Era mais uma daquelas sessões em que o povo tem a oportunidade de demonstrar sua perpétua insatisfação com seus eleitos.

Dentre os presentes ilustres, o organizador sabidamente com escolha alternativa e pouco católica, que, mesmo melindrado na pose de machão, parecia querer mandar um recado pelas cores tão simpáticas na gravada (quase um arco-íris, óh!).

A comunidade se organizou na sede do time da região para poder dialogar.

Entre sorrisos e olhares de desaprovações, os integrantes da mesa são apresentados.

Cada qual com sua medalha, sua insígnia, representando uma instituição, todos inseguros diante de situaçào prestes a enfrentar.

O conhecido reduto de tráfico de drogas e de alto índice de criminalidade amedronta alguns desacostumados com a periferia. Ao mesmo tempo, a simplicidade e a simpatia da populaçào local deixa os "estrangeiros"à vontade.

De repente, no desenvolver a tal audiência, um blecaute.

O breu apavora os que já sentiam certo receio. Alguns populares aproveitam o escuro para sair, alguns, mais apavorados, começam a pensar no pior:

-É boicote! Vão entrar atirando!!

E, quando algumas luzes de celulares começavam a iluminar o salão, ouveu-se a frase que calou a mesa:

- Fulanoooo!!! Me protejaaa!


Não, o grito deseperado não vinha de uma mãe receosa, pensando nos perigos da noite que invadia a audiência. Vinha do simpático com a gravata duviosa.


Logo depois do acidente (os presentes não chamariam o acontecido de incidente), as luzes voltaram. Com elas, a pose do machão. E ai de quem der um pio!


A teoria hj é "A noite, nem todos os gatos são pardos".
PS. PIU!


quá quá quá

Catapoft




São Longuinho, São Longuinho


Quando encontrar minha inspiração, dou três pulinhos!

Taquipa


Figure a cena:

Você com seu vestido lindo, fresquinho num belo dia de verão passeando por uma alameda decorada com lindas palmeiras.

De repente começa a chover, daquelas tempestades que só o verão nos proporciona (ou deveria). Molhou seu vestido branco, as compras, o sapato, sujou tudo. Acabou o dia.


Tá, nada a ver com nada... Mas eu achei a cena legal.


hoho