O Governador licenciado e candidato à reeleição, Roberto Requião (PMDB), defendeu ontem, durante entrevista coletiva à imprensa, a realização de debates para que a campanha em segundo turno se dê “olho no olho”, sem “biombo para que meu adversário se esconda”. Ao lado do vice Orlando Pessuti (PMDB), da esposa Maristela e dos filhos Roberta e Maurício, além de deputados aliados eleitos, Requião solicitou às redes de televisão e às cadeias importantes de rádio que realizem debates. “Não os debates engessados de 30 e 45 segundos para perguntas e repostas”. “Eu quero debater olho no olho, de forma democrática e sem violências. Quero conversar com Osmar Dias (candidato do PDT) na frente dele, para discutir biografias, ideologias, condutas, idéias, programas e alianças”, afirmou Requião, lembrando que temas importantes não foram discutidos no primeiro turno, como o futuro da Copel, da Sanepar, posições sobre o pedágio e o monopólio rompido do banco Itaú com o Estado do Paraná. ‘CARA FEIA’ O senador Osmar Dias aceitou o desafio de Requião. “Para quem dizia que iria ganhar fácil no primeiro turno, o resultado deve ter sido frustrante, por isso esta postura sem-pé-nem-cabeça agora. Mas tudo bem, não tenho medo de cara feia”, disse Osmar. “No debate, mais uma vez vou mostrar que Requião só promete, mas não cumpre. E que eu tenho as propostas de mudança que o Paraná pediu nas urnas”, acrescentou o pedetista, que se reuniu ontem com 25 deputados federais e estaduais eleitos. “Será que tudo que ele tem a dizer ao eleitor paranaense nessa hora é que quer me enfrentar olho no olho? Será que ele esqueceu que quem chamou para o debate olho no olho fui eu, quando ele ainda prometia que ia ganhar no primeiro turno?”, questionou o adversário do Governador, lembrando que Requião foi o único a não participar de um dos debates realizados no primeiro turno, o da TV Sudoeste, em Pato Branco, no dia 15 de setembro. Osmar disse ter confiança que ganhará a eleição.
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